Uma simples pena complexa

A descoberta de fósseis de penas de dinossauro, combinado ao estudo do desenvolvimento embrionário das aves modernas, permite entender como as penas evoluíram.

Charles Darwin usou em A Origem das Espécies uma engenhosa estratégia argumentativa: discutiu antecipadamente possíveis objeções à sua teoria evolutiva. Uma das críticas antevista por ele foi a ausência de fósseis intermediários entre alguns dos principais grupos de seres vivos. Por exemplo, se as aves descendem de ancestrais que não eram aves (diz-se “não-avianos”), deveriam existir fósseis com características intermediárias entre as aves e seus ancestrais. Continue Lendo “Uma simples pena complexa”

Primatas não-humanos poderiam ter comunicação simbólica?

Embora seja comum admitir a existência de comunicação simbólica somente em humanos, uma série de estudos indica que animais não-humanos talvez utilizem símbolos

Esta postagem será a primeira de uma série que farei no Darwinianas sobre a possibilidade de comunicação simbólica em animais não-humanos. Começarei por um artigo muito interessante, publicado há quase uma década no periódico BioSystems pelos pesquisadores brasileiros Sidarta Ribeiro, Angelo Loula, Ivan de Araújo, Ricardo Gudwin e João Queiroz, Symbols are not uniquely human (Símbolos não são unicamente humanos). Continue Lendo “Primatas não-humanos poderiam ter comunicação simbólica?”

O BOM, O MAU E O FEIO

O mau uso da teoria evolutiva e a interpretação simplista de correlações estatísticas tem possibilitado o ressurgimento de estudos acadêmicos que relacionam características físicas com condutas morais ou éticas.

O número de piratas vem diminuindo desde o século XVIII, simultaneamente com o aumento da temperatura global. Dito de outra maneira, existe uma relação inversa entre o número de piratas no planeta e o aumento da temperatura global. Tal fato poderia ser explicado de três maneiras: Continue Lendo “O BOM, O MAU E O FEIO”

Explorando a matéria escura do genoma

Investigações recentes sobre RNAs não-codificantes seguem revelando aspectos intrigantes do genoma

Mês passado fiz um paralelo entre a proposta da matéria e da energia escura na cosmologia com achados na genética, biologia molecular e genômica indicando que nosso entendimento do genoma foi construído com base em menos de 2% das sequências de nucleotídeos do DNA, que correspondem aos genes que codificam proteínas. Continue Lendo “Explorando a matéria escura do genoma”

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